quinta-feira, 29 de junho de 2017

SAIA DA VIDA PASSADA, CORRA PARA A VIDA PRESENTE!



Afinal, existe vida passada ou não? Me perguntam... Acho que essa não deveria ser a questão. O mais importante é saber: afinal, onde você vive, lá ou aqui? Quantas justificativas e desculpas em busca de argumentos para não encarar o medo, bloqueio e fracasso do AGORA. Criam-se mitos e enredos sobre o passado como se isso bastasse. Dá-se mais importância para o passado do que para o presente. Está vivo para o que foi e morto para o que é.

É perigoso não VOLTAR de lá com a regressão? Outra pergunta... Essa é mais inquietante que a primeira. Ora, se você se queixa do seu passado, você já está lá e não aqui. O que precisa é voltar para cá o mais rápido possível. Quem acha que seu problema é de vida passada já está preso nisso e o verdadeiro risco é continuar onde não deveria estar. O único lugar para se viver é o momento presente e você só tem o agora para existir viver, escolher, fazer diferente. Se perder essa oportunidade, será tarde. Mais prisão mental, emocional, psíquica. Menos alegria, prazer, satisfação, gratidão.

Será mesmo que o que te impede de viver o agora é sua vida passada? Isso faz sentido para você? Se fizer, é isso que vai acreditar e perseguir. E cada encontro seu com o passado pode ser uma boa razão para o seu EU passado continuar vivo, cheio de historinhas para contar. E talvez você estufe o peito e diga: eu já sabia! Ora, que vantagem tem de recriar? O que está ganhando? Pense no prazer negativo associado ao sofrimento e todo ganho secundário obtido. Essa é uma boa pista de onde vem tanta energia para continuar a ladainha.

Já reparou como é difícil esse EU morrer? Esse eu agarrado a um enredo de vida qualquer, seja de sucesso ou fracasso, perdas ou ganhos, felicidade ou tristeza? Já percebeu quantas vezes conta para si e para o mundo sobre aquele seu antigo amor e o que ele fez com você? Então, veja como há algo que RESISTE a esse passado e não o deixa ir embora. É exatamente isso que acontece com qualquer resíduo cármico de vida passada. Algo que não se deixa esgotar, ir, diluir, dissolver no todo. Enquanto houver a sua resistência e apego para deixar ir, essa memória continuará existindo para você, mesmo que seja no nível inconsciente, reverberando no campo, ressoando uma frequência e te alcançando onde estiver. Algo como ondas no mar.

Então, de novo, o mais importante não é saber exatamente o que você viveu. A questão é: por que você não deixar ir?! Por que sua história é tão importante para você? Por que você faz questão de repetir isso tantas vezes? Quem você seria sem essa historinha na sua cabeça? Se esse EU morresse, o que sobraria? Dá para viver sem ele? Dá para existir depois disso? O que vai contar para os outros e para si depois que morrer? Morrer para seu drama pessoal, para sua importância ou falta dela, para seus conflitos e dúvidas, para suas perguntas sem respostas, para suas coisas, seus títulos, currículo, conquistas, bandeiras, lutas. Consegue deixar ser o que é, sem retoques e exigências?


Saia da vida passada, corra para a vida presente!!! Olhe para seus potenciais, suas qualidades e possibilidades. Veja o outro e o mundo da mesma forma, com outra lente. Faça diferente, experiente elogiar ao invés de reclamar. Dizer eu estou feliz ao invés de dizer que tá difícil. Vai fazendo isso e experimenta o que acontece. Tenho certeza que estará mais vivo e menos morto. E alguém mais vivo é bem mais interessante. Se curta, a vida é curta!

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